segunda-feira, 16 de abril de 2012



Desmatamento, Paixão,Idealismo - Eu Receberia as Piores Noticias de Seus Lindos Lábios.


Estreia dia 20 de abril com sorteio de ingressos pela Revista Sustentabilidade e um concurso cultural de fotografia concorrendo a uma câmera semiprofissional Sony por meio da página no Facebook do filme.
É no meio do desmatamento da Amazônia que se desenvolve a trama do novo filme de Beto Brant e Renato Ciasca, “Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios”. Este cenário de destruição e da luta das comunidades locais pela preservação da floresta é onde se desenvolve o triângulo amoroso entre Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo de passagem pelo interior da Amazônia, a bela e instável Lavínia (Camila Pitanga), uma ex-prostituta, e seu marido, o pastor Ernani (Zecarlos Machado).
Baseando-se no romance homônimo de Marçal Aquino, os diretores transpuseram o cenário original da corrida do ouro no Pará do final do século XX para questões mais atuais como o desmatamento ilegal. Enquanto Ernani (o pastor) acredita na transformação por meio da palavra, Cauby (o fotógrafo) crê no uso do olhar, já Lavínia, tem o seu corpo. Questões e agires profundamente humanos abordados dão um tom intimista dentro da mais que corriqueira destruição da natureza.
O filme estreia nacionalmente no dia 20 de abril já aclamado pelos festivais. Camila Pitanga recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio 2011 e Zecarlos Machado, o de Melhor Ator no Amazonas Film Festival 2011. Enquanto o filme recebeu reconhecimento como Melhor Longa de Ficção na Mostra Internacional de São Paulo e Melhor Filme no Festival Cine Iberoamericano de Huelva 2011.

Dia Mundial da Voz alerta para cuidados importantes com a saúde

A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia comemora, amanhã, o “Dia Mundial da Voz” e realiza ações em todo o Brasil para conscientizar a população da população nos cuidados com a voz.

Em sua 13ª edição, a campanha que tem como tema “Seja Amigo da Sua Voz”, reúne artistas e incentiva ações educativas em nível nacional, alertando para a importância do diagnóstico precoce de doenças que podem por em risco a voz e a vida das pessoas.

De acordo com a Coordenadora do Departamento de Voz da Sociedade, Dra. Maria Lúcia Dragone, os cantores sertanejos Victor e Léo ajudam a popularizar a comunicação ilustrando a importância do cuidado com a voz para a longevidade de sua atividade profissional.

“As alterações da voz, como a rouquidão, é um dos possíveis sintomas de doenças sérias, entre elas o câncer de laringe”.

Ela ressalta que a mensagem é direcionada ao contexto geral, visto que a voz é a base da comunicação e da interação no cotidiano das pessoas e, uma vez comprometida, afeta de forma importante a sua qualidade de vida, em todas as instâncias.

A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia tem sido tão representativa que passou a ser desenvolvida também por outras sociedades internacionais. “A população e os profissionais da voz serão orientados sobre o melhor uso da voz, da necessidade de procura por um especialista ao sinal de problemas e os tratamentos possíveis no campo da fonoaudiologia”.

Atualmente, estima-se que de 5% a 8% da população tenha alguma dificuldade vocal que possa atrapalhar a comunicação, como voz rouca, esforço e/ou cansaço ao falar. Já as ocorrências desses problemas podem aumentar em profissionais que utilizam muito a voz como professores, atores, cantores, operadores de telesserviços, entre outros.

E ainda ressalta que tais problemas podem atingir até 25% das pessoas em algumas condições de trabalho

Os distúrbios vocais precisam ser investigados e a Sociedade alerta para as seguintes questões:

Sua voz está diferente, como rouca, fraca, tensa ou cansada?

Você apresenta rouquidão há mais de 15 dias?

A voz melhora quando você fica alguns dias sem falar muito e piora quando utiliza de forma intensa?

Se qualquer uma das perguntas acima for positiva, é possível que esteja com um problema de voz e um fonoaudiólogo precisa ser procurado.
Decreto regulará 'compra verde' do governo
O governo Dilma Rousseff prepara um decreto criando regras e instituindo um percentual obrigatório mínimo de compra de "produtos verdes" nas licitações públicas.
Será valorizada nas licitações a contratação de produtos e serviços que gerem menos resíduos e que tenham menor consumo de água, matérias-primas e energia em sua fabricação.
A iniciativa faz parte de uma agenda de propostas que o governo quer levar para discussão na Rio+20, a conferência de desenvolvimento sustentável da ONU que ocorre em junho no Rio de Janeiro.
Na conferência, o governo quer "dar o exemplo" e obter o compromisso público de alguns dos maiores consumidores do planeta -empresas, escolas, hotéis, hospitais, shoppings, setor público e outros- de adotarem cotas mínimas de compra de "produtos verdes" que agridam menos o ambiente.
O objetivo é criar escala de produção para esses produtos, que hoje custam mais caro por conta da demanda ainda muito restrita.
"Como o ente público é um grande comprador, ele induz todo o mercado. Nossa ideia é incentivar o setor privado a fazer o mesmo dentro de seus programas", afirma Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional do Ministério do Meio Ambiente.
INDÚSTRIA NACIONAL
Além de colocar o Brasil como protagonista do "consumo verde" global, a avaliação do governo é que a proposta beneficia o agronegócio e a indústria nacional que, entre outras vantagens, utiliza energia limpa das hidrelétricas e saiu na frente em tecnologias renováveis como álcool e biodiesel.
No ano passado, só 0,07% das compras governamentais foram de produtos considerados sustentáveis. Segundo o Ministério do Planejamento, o governo já fez R$ 22,2 milhões em compras de produtos sustentáveis em 1.546 processos licitatórios desde 2010.
O Programa de Contratações Públicas Sustentáveis tem 548 produtos considerados "verdes" no catálogo de materiais do Comprasnet.
Os ministérios do Planejamento e do Meio Ambiente ainda discutem qual percentual de "compras verdes" deve ser adotado, sem tornar os gastos do governo significativamente maiores.
A primeira fase de implementação focará os produtos de almoxarifado, como itens de papelaria, embalagens e insumos do dia a dia das repartições públicas.
Em seguida, deve se estender para a compra de eletroeletrônicos, como ar-condicionado e computadores que gastem menos energia e não tenham materiais tóxicos.
DESAFIOS
A terceira etapa envolverá produtos de limpeza, instituindo a compra de detergentes e produtos biodegradáveis, um dos itens que mais poluem esgoto e mananciais.
"É uma visão alinhada com o que a indústria quer e com iniciativas já em desenvolvimento", diz Maria Eugenia Proença Saldanha, presidente-executiva da Abipla, associação que reúne as indústrias de produtos de limpeza.
Um dos maiores desafios do setor de produtos de limpeza, formado 95% por empresas de pequeno e micro portes, é desenvolver o consumo consciente.
"Como há muita informalidade, nossa meta é a regularização das empresas para evitar despejo irregular e o desenvolvimento de produtos adequados", disse.
Estima-se que 55% da água sanitária usada do país seja de fábricas informais.
Novo plástico que 'sangra' se regenera sozinho

Um dia no futuro: você faz aquela baliza malfeita e fica com um arranhão no para-choque traseiro. De repente, o plástico cinza fica avermelhado na região do dano. Em alguns minutos, a mancha desaparece, assim como o risco. Problema resolvido.
Parece mágica? Bem, como dizia o saudoso escritor Arthur C. Clarke, qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia. E é bem esse o caso do trabalho do engenheiro de materiais Marek Urban, da Universidade do Sul do Mississippi em Hattiesburg, nos Estados Unidos.
Financiado pelo Departamento de Defesa americano, ele está desenvolvendo plásticos que imitam a pele humana --são capazes de "sangrar" e cicatrizar quando cortados ou arranhados.
O pesquisador apresentou seu trabalho numa reunião da ACS (Sociedade Americana de Química, na sigla em inglês) e deu uma ideia de como funciona a invenção.
Plásticos são polímeros --compostos baseados em longas cadeias de átomos de carbono enfileirados. O segredo do trabalho de Urban foi implementar, em meio às cadeias, pequenas pontes, elos moleculares, que se quebram e mudam de forma quando o plástico sofre dano.
A mudança de forma leva à troca de cor --uma mancha vermelha se forma ao redor da avaria. Dessa forma, ela indica de forma inequívoca o problema causado.
Só isso já é uma grande vantagem: a exibição clara da avaria pode impedir que inspeções rápidas deixem de vê-la -o que não é bom quando se fala de um componente de uma máquina que não pode falhar em plena operação, como um avião.
Mas o negócio vai além. Uma vez "marcado" o dano, uma mudança ambiental previamente escolhida -desde a incidência de luz solar até alterações na acidez ou temperatura- leva à restruturação das pontes quebradas. O plástico se autorrepara e a mancha vermelha some.
REVOLUÇÃO
Plásticos que se regeneram são uma espécie de Santo Graal da ciência de materiais. Há outros modelos em desenvolvimento, mas o de Urban é o único que não precisa ser mergulhado em algum composto para eliminar o dano.
O pesquisador destaca que o autorreparo pode acontecer muitas vezes e que o material é mais amigável ao ambiente que outros plásticos, uma vez que o processo de produção é baseado em água, em vez de ingredientes tóxicos.
Embora o trabalho esteja no estágio da ciência básica, o pesquisador está entusiasmado com a possibilidade de vê-lo em aplicação em breve.
"Estamos trabalhando com grandes empresas para promover a comercialização", disse o pesquisador à Folha. "No campo da pesquisa, estamos explorando formas de combinar a capacidade de autorreparo com outros atributos. A meta é criar materiais amigáveis ao ambiente."
Os cientistas veem grande potencial imediato para o uso desses plásticos em componentes estruturais de aeronaves e em armamentos --não é à toa que a pesquisa é financiada pelos militares. Um dos próximos objetivos é criar materiais com essas características que sejam capazes de suportar altas temperaturas.
Na Argentina, Kirchner envia ao Congresso projeto para nacionalizar YPF



A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, declarou nesta segunda-feira de "utilidade pública" a desapropriação 51% do patrimônio da companhia petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.
A presidente já enviou ao Congresso o projeto de lei que expropria a maioria das ações da companhia petrolífera e que declara de "interesse público nacional" o setor de hidrocarbonetos, como antecipado hoje em um ato liderado pela própria governante na Casa Rosada e transmitido em rede nacional.
Caso seja aprovado -- o que é provável, já que Cristina possui maioria no Congresso-- o Estado passará a controlar 51% da petroleira, a maior empresa da área no país.
Além das 51% das ações que passam a ser de controle do Estado, os 49% restantes serão distribuídos entre as províncias, de acordo com o projeto de lei, que possui 19 artigos.
Reuters
A presidente Cristina Kirchner segura tubo com petróleo, durante anúncio de intervenção na YPF, em Buenos Aires
A presidente Cristina Kirchner segura tubo com petróleo, durante anúncio de intervenção na YPF, em Buenos Aires
O projeto inclui a "remoção da totalidade de diretores" da companhia e pretende garantir a "continuidade operacional".
O anúncio da desapropriação de YPF ocorre após quatro meses de pressões do governo argentino à empresa, à qual acusa de uma queda na produção por falta de investimentos.
PROJETO
De acordo com o jornal argentino "Clarín", o projeto, intitulado "Da soberania hidrocarborífera da República Argentina", tem vários pontos em comum com o texto que havia sido divulgado na semana passada e era analisado por legisladores, mas incorpora pedidos das províncias produtoras de hidrocarbonetos.
O primeiro ponto do projeto, de um total de 19, declara que é "de interesse público nacional e objetivo prioritário o auto-abastecimento de hidrocarbonetos", além do controle da "exploração, industrialização, transporte e comercialização" no setor.
Além da desapropiação de 51% da YPF, o projeto estabelece que o Estado passará a decidir sobre a "conversão de recursos em reservas e sua exploração"; sobre a "integração do capital público e privado, nacional e internacional, em alianças estratégicas"; sobre a "promoção da exploração e comercialização dos hidrocarbonetos de alto valor agregado e a exploração racional" dos recursos.
Será criado ainda um "Conselho Federal de hidrocarbonetos", do qual participarão os ministérios da Economia, Trabalho e Indústria, que promoverá "a atuação coordenada do Estado nacional e dos estados provinciais".
ESPANHA
Após o anúncio, a secretária-geral do Partido Popular (PP, direita), María Dolores de Cospedal, afirmou nesta segunda-feira que o governo espanhol dará uma "resposta completa" à medida.
"Não tenho a menor dúvida de que o governo dará uma resposta completa a esta situação", afirmou De Cospedal, durante coletiva de imprensa depois do anúncio feito por Kirchner.
Na sexta-feira (13), a Espanha havia advertido que tomaria "todas as medidas possíveis para defender os interesses do país caso a nacionalização da companhia petrolífera YPF, controlada pela Repsol, se concretize".
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, também advertiu Buenos Aires que "qualquer agressão" que viole o princípio de segurança jurídica da Repsol será considerada por parte do governo espanhol como uma agressão à Espanha.

Xingu aborda com dignidade a questão indígena

 
Xingu aborda com dignidade a questão indígena (Foto: Divulgação)
 
 
Há setenta anos, três jovens burgueses - de 27, 25 e 23 anos -, alistaram-se na expedição Roncador-Xingu e embarcaram na maior aventura de suas vidas. Felipe Camargo (Orlando, morto em 2002), João Miguel (Claudio, morto em 1998) e Caio Blat (Leonardo, morto em 1961), dão vida aos irmãos Villas-Bôas em “Xingu”, de Cao Hamburguer. Mais do que ser uma cinebiografia sobre eles – em especial, sobre Claudio e Orlando, já que Leonardo não ficou lá muito famoso -, o filme é definitivo na cinematografia nacional, ao dar margem para uma superprodução que sai do território das favelas ou do sertão, e trata da temática indígena com ingredientes tão bons que o transformam numa saborosa aventura.
E essa “saga” dos irmãos boas-praças chega num momento fundamental, no qual se debate tanto questões como economia verde, sustentabilidade, a necessidade de progredir sem destruir, que seu significado se amplia. Apesar de tratar de fatos ocorridos há muito tempo, a luta pela preservação dos saberes tradicionais, da cultura e da floresta, prossegue. Baseado no livro diário dos irmãos Villas-Bôas (Marcha para o Oeste), dos arquivos da família e de muitas conversas com pessoas que colaboraram com os três, o roteiro foi escrito por Cao, pela cineasta Anna Muylaert e por Helena Soarez.
Os três garantem lugar na expedição do período getulista a terrenos desconhecidos, se passando por sertanejos analfabetos. A reles aventura se transforma num árduo trabalho de descoberta. De 1945, quando avistam a primeira cabeceira de rio e logo travam contato com a primeira tribo, até 1961, quando Jânio Quadros resolve criar o parque, muitos anos se passam e transformam a cabeça dos irmãos. Ao se embrenharem mais e mais na floresta, os Villas-Bôas vão entrando em contato com outra cultura e se deixam envolver por um processo reverso de “civilização”.
Ambições épicas
Na outra margem do olhar, a desconfiança durante o primeiro contato de Orlando e Claudio com uma tribo, é perene. É definitivo. Eles tornam-se linguistas, antropólogos, médicos, advogam pela causa indígena, dos povos que sempre foram donos da terra e passaram a ser dizimados nela. Os Villas-Bôas foram os desbravadores que, ao lado de intelectuais como Darcy Ribeiro, lutaram pela criação do Parque Nacional do Xingu, reserva de 27 mil m² onde hoje vivem 14 povos indígenas. E ao lado dos índios, eles desenharam e delimitaram fronteiras para a reserva.
Mesmo tratando de uma temática que pode não empolgar a maior parte do público – afinal, como o próprio Claudio dizia “homem branco não gosta de índio” – a experiência de vida retratada captura a atenção de imediato. A ambição deles era épica, na mesma medida em que Cao e sua equipe se empenharam durante cinco anos para fazer nascer o filme. Isso era necessário, já que a maior conquista deles, um parque para preservação indígena, com o tamanho da Bélgica, completa 50 anos e é o tipo de história que merecia ser transposta para a magnitude das telas de cinema.
Entre as populações que permeiam o Xingu, essa história é contada de pai para filho, de geração para geração, e só está presente no livro-diário dos Villas-Bôas. Mesmo após a criação do parque, é preciso estar atento e forte (e isso está impresso no filme) para reprimir as investidas dos militares, seringueiros, fazendeiros e outros invasores. Os irmãos entram em conflito, mas jamais perdem o foco da defesa dos povos e do território, e lutam mesmo contra o avanço da Transamazônica.
Herois imperfeitos e, por isso, cativantes
Em alguns momentos, pode-se até ter a impressão de que Cao Hamburguer tenta endeusar os irmãos Villas-Bôas, mas ela logo é desfeita. Leonardo, Orlando e até o virtuoso Claudio estão longe da perfeição. O caçula se aprofunda demais no mundo “selvagem” e acaba dando um novo rumo à expedição. Acostumado com os entremeios e tramas da política, o articulista Orlando passa a questionar até que ponto o seu empenho em conquistar terras para os índios não serve apenas para massagear seu ego e conquistar status.
Comedido com as palavras e com os gestos na maior parte do tempo, Claudio (João Miguel) é tão determinado a ir até ao fim das coisas, que entontece a plateia. Ele é um turbilhão de emoções, tão apaixonado pelos indígenas que não mede consequências em busca da salvação das tribos. Esse Claudio fictício é tão conflituoso e envolvente, que é impossível não torcer por ele tanto quanto pela sobrevivência dos índios do Xingu.
FAEPA contesta Folha sobre cultivo de arroz em Cachoeira do Arari


A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) contestou nesta terça-feira (10), através de comunicado à imprensa, as informações divulgadas pela Folha de São Paulo na matéria “Após ser expulso de reserva indígena, arrozeiro leva tensão ao PA”, publicada nas versões impressa e online, na seção Poder da Folha, do último sábado (7). Segundo o comunicado, as informações seriam "equivocadas e inverídicas sobre o cultivo de arroz em Cachoeira do Arari, na Ilha de Marajó, no Pará".


Na reportagem, a Folha de São Paulo relata a instalação do fazendeiro e deputado federal Paulo César Quartiero (DEM - PR) que levou o cultivo de arros para a ilha do marajó, no nordeste do estado, onde tem enfrentado a resistência de moradores.

Quartiero foi expulso da reserva indígena Raposa/Serra do Sol (RR) em 2009 e atualmente é dono de uma área de 12 mil hesctares no município de Cachoeira do Arari. Segundo a Folha de São Paulo, pescadores, quilombolas, ribeirinhos e trabalhadores temem que a cultura, feita com agrotóxicos e captação de grandes volumes de água, prejudiquem o ambiente e as práticas tradicionais de subsistência local. Outra reclamação relatada pelo jornal é que as cercas da fazenda teriam sido colocadas dentro de um rio, impedindo a passagem de pescadores.

Reação
No comunicado enviado pela Assessoria de imprensa da Faepa, a federação aponta que o arquipélago do Marajó, “ é uma área detentora dos piores índices de desenvolvimento humano, onde a população reclama dos poderes públicos por políticas capazes de promover seu desenvolvimento com geração de emprego e renda. Tem soado no mínimo como hipocrisia as repetidas assertivas de que seus habitantes querem continuar “sobrevivendo” da pesca e do extrativismo vegetal em condições primárias”.

A Federação diz que os produtores rurais estariam levando, através da rizicultura, o desenvolvimento à região. "Os investimentos qualificados como prejudiciais ao ecossistema estão inteiramente enquadrados nas legislações sanitária e ambiental vigentes inclusive quanto à presença de animais, conforme fiscalizações realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará – ADEPARÁ. O uso dos defensivos agrícolas, por exemplo, são aplicados na agricultura seguindo todas as normas de uso e os cuidados que lhes são peculiares”.

A Federação ainda acusa de os “assustados” com essa nova vocação econômica do Marajó serem aqueles que "insistem em manter o atraso e a indigência de seus moradores, opondo-se à implantação de uma cultura alimentar importante e que já demostrou excelente produtividade, superando, inclusive, a de centros tradicionais, como o Rio Grande do Sul", apontando ainda que o projeto emprega 3.000 pessoas.

O comunicado é finalizado com um apelo, onde o presidente da Faepa, Carlos Fernandes Xavir, afirma que espera "que a Folha de S.Paulo, que sempre pautou sua linha jornalística pela veiculação de notícias responsáveis, respaldadas pela imparcialidade e por criteriosa investigação, não dê alarde aos que, sob a capa de um falso ambientalismo e farisaica preocupação com a população marajoara, insistem em nos manter no atraso e no engessamento econômico”.

Fonte: DOL/ Com Ascom Faepa e Folha de São Paulo